Um estudo efectuado nos Estados Unidos, envolvendo apenas mulheres, mostrou que comer peixe, mesmo em pequenas quantidades, pode reduzir de maneira significativa o risco de enfarte. Estes resultados foram relacionados com o facto do peixe ser abundante em ácidos do tipo Ômega 3, que reduzem o nível de gordura no sangue e evitam a formação de coágulos.
A sardinha portuguesa é um dos mais ricos neste ácido. Além disso, os níveis de colesterol são relativamente baixos e os teores de alguns minerais, como cálcio, flúor e fósforo, superiores aos da carne. Para as pessoas que sofreram enfarte, a ingestão habitual de peixe pode reduzir o risco de morte. As grávidas beneficiam com o consumo de peixes, por fornecer DHA - ácido docosahexaenóico - importante na constituição de tecidos do sistema neurológico.
Para aproveitar todos os benefícios do peixe é preciso respeitar algumas regras na preparação. Por exemplo, a fritura é desaconselhável na medida em que anula o seu baixo conteúdo de gorduras. Ainda assim, a gordura de um peixe frito é três a cinco vezes menor do que a da carne assada, por exemplo. Caso o peixe seja grelhado ou cozido tenha mão no sal: evite-o, sob pena de perder uma das vantagens da ingestão dos ácidos Ômega 3 - a baixa da tensão arterial. De preferência, cozinhe o peixe no vapor, porque, quando cozido em meio líquido, perde 50% do seu conteúdo mineral. Mas, seja qual for a forma, o importante é comer peixe, pelo material protéico que proporciona ao organismo em quantidade e qualidade.